sexta-feira, 10 de maio de 2013



Lagrimas ocultas





Se me ponho a cismar em outras eras

Em que ri e cantei, em que era q'rida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...





E a minha triste boca dolorida

Que dantes tinha o rir das Primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!





E fico, pensativa, olhando o vago...

Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...





E as lágrimas que choro, branca e calma,

Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!


FLOBELA ESPANCA

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