Trago sorrisos, lágrimas, histórias, abraços. Trago momentos felizes, momentos de decepção. Carrego pessoas ao colo, amores e desamores... Não pretendo nem sou um livro aberto, mas também não sou assim tão fechado que não consiga abrir uma parte para o público. Basta ter algum jeito, saber folhear cada página, uma a uma, e descobrirás uma história nova em cada texto, e novas personagens. Quem sabe se não és tu? Ou se a escrita revela a realidade... Quem sabe! Só tu o podes saber... Romeu Costa
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Saudades
Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca
quarta-feira, 29 de maio de 2013
quinta-feira, 23 de maio de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
domingo, 19 de maio de 2013
sábado, 18 de maio de 2013
sexta-feira, 17 de maio de 2013
quarta-feira, 15 de maio de 2013
terça-feira, 14 de maio de 2013
Erros meus, má Fortuna, Amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a Fortuna sobejaram,
Que para mim bastava Amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que já as frequências suas me ensinaram
A desejos deixar de ser contente.
Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa a que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.
De Amor não vi senão breves enganos.
Oh! Quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
domingo, 12 de maio de 2013
sábado, 11 de maio de 2013
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Lagrimas ocultas
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era q'rida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das Primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
FLOBELA ESPANCA
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Sobre Nós
Dois E O
Resto Do
Mundo
Seu olhar me acompanha
Do outro lado da rua
Um sorriso, discreto
E hoje a noite é minha...
Do outro lado da rua
Um sorriso, discreto
E hoje a noite é minha...
Seu andar folgado me chama
Da morte ela morre de medo
E já disse que me ama
Mas tem que ser em segredo...
Da morte ela morre de medo
E já disse que me ama
Mas tem que ser em segredo...
Sobre nós dois
Ninguém vai saber de tudo
Parece uma partida
Contra o resto do mundo...
Ninguém vai saber de tudo
Parece uma partida
Contra o resto do mundo...
O resto do mundo...
O resto do mundo...
O resto do mundo...
Ela vibra como criança
Vestida, prá mim, está nua
Dormindo é quase uma santa
Nasceu sorrindo prá lua...
Vestida, prá mim, está nua
Dormindo é quase uma santa
Nasceu sorrindo prá lua...
Seu andar folgado me chama
Da morte ela morre de medo
E já disse que me ama
Mas tem que ser em segredo...
Da morte ela morre de medo
E já disse que me ama
Mas tem que ser em segredo...
Sobre nós dois
Ninguém vai saber de tudo
Parece uma partida
Contra o resto do mundo...
Ninguém vai saber de tudo
Parece uma partida
Contra o resto do mundo...
O resto do mundo
Uh! uh! uh!
O resto do mundo...
Uh! uh! uh!
O resto do mundo...
Eu até sonhei com isso
As coisas mais loucas
Com ela eu arrisco
Com ela eu arrisco...
As coisas mais loucas
Com ela eu arrisco
Com ela eu arrisco...
Sobre nós dois
Uh! uh! uh!
Sobre nós dois
E o resto do mundo...
Uh! uh! uh!
Sobre nós dois
E o resto do mundo...
Frejat
quarta-feira, 8 de maio de 2013
terça-feira, 7 de maio de 2013
segunda-feira, 6 de maio de 2013
domingo, 5 de maio de 2013
Coisa Amar
Contar-te longamente as perigosas
coisas do mar. Contar-te o amor ardente
e as ilhas que só há no verbo amar.
Contar-te longamente longamente.
Amor ardente. Amor ardente. E mar.
Contar-te longamente as misteriosas
maravilhas do verbo navegar.
E mar. Amar: as coisas perigosas.
Contar-te longamente que já foi
num tempo doce coisa amar. E mar.
Contar-te longamente como doi
desembarcar nas ilhas misteriosas.
Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
E longamente as coisas perigosas.
sábado, 4 de maio de 2013
sexta-feira, 3 de maio de 2013
quarta-feira, 1 de maio de 2013
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