terça-feira, 10 de setembro de 2013


"Não me prendo a nada que me defina. 

Sou companhia, mas posso ser solidão.
Tranquilidade e inconstância, pedra e coração. 
Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, 
sarcasmo, preguiça e sono. 
Música alta e silêncio.
Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. 
Não me limito, não sou cruel comigo! 
Serei sempre apego pelo que vale a pena
e desapego pelo que não quer valer… 
Suponho que me entender não é 
uma questão de inteligência e sim de sentir,
de entrar em contacto. Ou toca, ou não toca."
 

Clarice Lispector *

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